A ideia de ser rejeitado é torturante e tem sua origem em nosso mecanismo
instintivo de sobrevivência. A rejeição, em nosso inconsciente, é entendida
como uma espécie de abandono que leva à morte (pois, na infância, ser
abandonado realmente poderia levar à morte); e, para piorar, existe uma
associação inconsciente que se impõe que é: - se alguém foi abandonado é porque
ele não é bom o suficiente. E aí está uma das raízes da baixa autoestima: a
sensação de não ser bom, de ter defeitos e de não ter valor ou importância.
Logo,
quando alguém não é escolhido, seja lá para que atividade for - um jogo, uma
seleção de candidatos, um namoro ou relacionamento - a sensação de rejeição
estará presente e a pessoa vai se sentir uma porcaria, o que causa a si mesmo
uma enorme tristeza e autodepreciação.
O que precisa
ser entendido é que não existe rejeição, e sim escolhas.
Um
técnico de um time vai escolher os candidatos que ele acha que estão em melhores
condições naquele momento. Isso não significa que aquele que não foi escolhido seja
ruim, pois as condições alheias não têm a ver com o valor intrínseco de cada um
ou com suas habilidades.
A
roupa que você escolhe comprar tem sua finalidade, você não compra o que não
precisa ou vai usar. Tem gente que faz isso, mas é neurose, assunto para outro
texto.
Você
ficaria ou namoraria qualquer pessoa que quisesse estar com você ou que
demonstrasse gostar de você? Não, claro que não. Você escolhe aquele de que
gosta, por quem sente mais afinidades, cuja química é legal. Idem o outro com
relação a você.
Assim,
perceba que a escolha do outro não contém o teu valor pessoal, e sim a
necessidade e a vontade dele em dado momento e situação. Teu valor está nas tuas
mãos, nas tuas atitudes, na tua consideração, em teu ser. Logo, as escolhas do
outro não significam rejeição, mas apenas seu uso do livre arbítrio.
Para
saber mais sobre relacionamentos, sugiro a leitura de meu livro:
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