Ser homossexual é absolutamente normal

Ultimamente temos visto inúmeras manifestações homofóbicas, a ponto de alguns médicos considerarem o sangue dos gays impuro, tal como o de alguém que usa drogas ilícitas. Só que homossexuais não necessariamente se drogam, e existem inúmeros heterossexuais que se drogam... Esses comentários são, obviamente, preconceituosos; um insulto à própria ciência médica que já tem como comprovado que a preferência sexual não muda em nada a saúde de um indivíduo.

As idéias de que o homossexualismo é anormal fazem parte de posturas sociais machistas, tradicionalistas e religiosas inadequadas. Sempre houve e sempre haverá homossexualidade (terceiro sexo) na natureza animal e humana.

A homossexualidade está presente na natureza de uma determinada pessoa. Não existe “tornar-se” gay ou “deixar de ser” gay. Quem diz isso talvez esteja no rol de profissionais preconceituosos ou mesmo de padres ou pastores que se baseiam em relatos de uma sociedade patriarcal e tradicional que prevaleceu como poderosa em uma determinada época de nossa história. A preferência sexual é uma característica que já vem no “pacote de tendências naturais”, faz parte da natureza de um indivíduo.

Ninguém, em qualquer faze da vida, muito menos uma criança, deve obrigada a saber ou a expor sua opção sexual para quem for. Um professor obrigar um aluno a responder tal questão é desrespeitoso à privacidade individual e nem um pouco favorável à educação escolar, além de ser invasivo e antiquado.


Inúmeras pessoas fazem terapia exatamente para se auto-conhecer, já que conhecer-se e aceitar-se como se é constitui o primeiro passo para a felicidade e plenitude. Algumas religiões fazem o trabalho oposto: crêem que sentimentos naturais como o amor homossexual é uma doença que deve ser curada. Atuam para afastar o indivíduo de sua natureza verdadeira e satisfazer-se com uma vida de mentiras e de prazeres superficiais que não substituem integralmente nenhum ideal ou desejo verdadeiro da alma.


Um dia destes ouvi uma mãe expressar sua preocupação de que a amiga bissexual de sua filha poderia influenciá-la a mudar de preferência sexual. Uma idéia absurda! Pode até haver uma certa influência - e esta é responsabilidade tanto de quem influencia como de quem é influenciado - o que não existe é a influência no sentido de mudar a preferência sexual, que, como já disse, faz parte da natureza de cada um. Em outras palavras, galinhas que convivem com patos não se tornam patos!


Qualquer idéia de preconceito a respeito de opção sexual é injusta, indelicada e altamente desrespeitosa. Temos muito mais em comum do que meros detalhes incomuns. As diferenças, como, por exemplo, alguém ser mais rico, mais consciente ou mais saudável que outro, são somente estados diferenciados que não tornam ninguém superior ou inferior, mas se devem a uma necessidade evolutiva pela qual todos passamos, cada um ao seu tempo. Como já disse o nosso grande mestre Jesus: “Quem se achar perfeito, que atire a primeira pedra”.


Segundo visão espiritualista, uma experiência de vida como um homossexual pode ser um momento de transição da alma, de redenção (casos de vidas passadas onde houve abuso com crueldade do sexo oposto), ou também uma vivência necessária ao espírito que em outros momentos julgou de forma cruel alguém homossexual.

Você que se sente mal com o preconceito alheio, reflita sobre suas próprias atitudes de autorrespeito, a fim de elevar sua auto-estima e valorizar-se. Há uma lei metafísica que defende que você será tratado pelo mundo da mesma forma que se trata. Pense nisso! Assuma-se, valorize-se, procure melhorar-se, eleve-se acima das crenças sociais e seja você mesmo, com muita dignidade e sabedoria.

Quem se mostra superior, tendo atitudes desrespeitosas, como demonstrar preconceito, faz isso apenas para provar a si mesmo que não é o que realmente se acha: uma porcaria. O preconceituoso é uma pessoa insegura de si mesma e de sua natureza.

O homofóbico necessita mostrar ao mundo que ele não tem tendências homossexuais exatamente pelo fato de que teme tê-las, portanto, que reconhece a possibilidade iminente de tê-las e deseja combatê-las em sim mesmo. Quem realmente é seguro de si não necessita provar nada, nem combater, nem tentar aparecer, pois aparece naturalmente pela sua espontaneidade e harmonia essencial.



Leitura sugerida: O Desafio de Ser Você Mesmo, da Psicóloga Lourdes Possatto (abaixo).



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3 comentários:

  1. Travestis e transexuais ganham direito a nome social no Rio Grande do Sul.
    Há agora, neste Estado, um cartão que pode ser utilizado nos serviços públicos para que travestis e transexuais não passe por constrangimentos quando, em público, são chamados por nomes de homens. Como estão vestidos de mulher, o povo que ouve olha muito.
    A iniciativa é um ótimo exemplo contra a homofobia e também de aplicação útil dos DIREITOS HUMANOS.
    Direitos humanos de sexta geração rezam sobre o direito de buscar a felicidade. ...Lembrando que não são apenas os delinqüentes que os têm, mas sim todas as pessoas.

    Fica o recado ao pessoal dos direitos humanos e do CRP...

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  2. Parabéns pelo site. Joguei na internet "Ser gay é normal" em busca de um texto interessante e achei o seu. Parabéns mesmo.

    Abraços,

    Gustavo

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