Sacrificar-se, nos relacionamentos, gera expectativa, o que sempre leva a frustrações, cobranças e brigas. Uma pessoa se sacrifica porque espera receber em troca uma série de feedbacks positivos que mostrem como ela é maravilhosa, boa, amada, aceita, de valor... Aspectos esses ela mesma não reconhece em si mesma.
Na letra da música abaixo (vídeo), temos um exemplo interessante em que vemos o autor demonstrando que tem uma série de potenciais que não usa em favor de si mesmo, mas sim da “garota amada”, que, a meu ver, nem é amada, mas somente significa um objeto do qual o autor depende, e com o qual estabelece sua confusão emocional.
Se, por ela, ele faria tudo isso, o que ele espera dela em troca de seu sacrifício? Ele seria assim por toda a eternidade? Ou se cansaria após certo tempo?
Ora, ninguém consegue deixar de ser si mesmo por muito tempo, ninguém consegue viver para o outro para sempre; assim, ou a pessoa muda e assume cuidar de si mesma em vez de deixar isso nas mãos de outra, ou acaba doente do corpo e alma, e aí terá que mudar na marra, nem que seja desencarnando.
Na letra desta música temos um sujeito que, na realidade, deixaria de ser si mesmo pelo o outro. Dá para viver para alguém? Ou isto seria uma tremenda falta de responsabilidade pessoal e de maturidade emocional?
O assunto é sério, vamos refletir nessa dependência emocional mórbida? Que tal passarmos a ser mais autorresponsáveis, gerando para nós mesmos tudo em que esperamos que o outro nos supra?
O assunto é aprofundado nos meus livros Relacionamentos Positivos e O Desafio de Ser Você Mesmo.
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