Tipos de homens e as relações heterossexuais



Vamos aproveitar a letra dessa música para falar um pouco sobre homens.

Tem homens que não sabem como receber uma declaração romântica e nem reagir a um ato de carinho. Isso ocorre porque, na maioria das vezes, não receberam modelos emocionais equilibrados e, muito provavelmente, tiveram uma educação muito repressora, não oferecendo a eles a aprendizagem e segurança  para demonstrar seus sentimentos, podendo trazer a crença subliminar de que demonstrar afeto é se mostrar fraco e, inclusive, podem ter aprendido que “homem que é homem não chora”, ou seja, não sente e nem demonstra sentir.

Na verdade, quando alguém recebe uma declaração como na música, ele não é obrigado a corresponder, pois sentimentos não se impõem; porém, no quesito maturidade emocional, é importante saber como lidar com os próprios sentimentos e emoções, bem como com os dos outros.

Na atualidade, temos basicamente dois tipos de homens heterossexuais:

 - O tipo mais sensível, que popularmente chamamos de beta. Esse está mais próximo da emoção e da sensibilidade da natureza feminina. Ele é mais fiel a si mesmo, mais romântico, mais voltado para uma troca de energia e afetividade mais sincera e eficaz. 

Nessa população, os que ainda se importam demais com o que os outros pensam, acham importante demonstrar a aparência de durões, apesar de sua natureza já vibrar numa faixa bem mais sutil e afetiva. Isto é ruim para eles, que, além de conviver com os desafios de sua vida, ainda têm que ficar se oprimindo, pois têm medo de mostrar sua afetividade, na maioria das vezes, por medo do julgamento externo.

Por outro lado, aqueles com um melhor autoconhecimento não precisam ficar provando para si mesmos, nem para a sociedade que são o que são. Eles confiam em si mesmos e, por isso, têm coragem de demonstrar o que sentem.

 - O outro tipo, popularmente chamado de machão ou “macho alfa” é aquele que acredita que tem de cumprir o que a sociedade patriarcal  “exige” dele. Assim, mesmo que ame de fato alguém, além de achar que não pode demonstrar muito o amor, ainda precisa ter outras mulheres para provar para si que é “macho mesmo”; se uma mulher dá em cima, ele se cobra algo como “ter de dar conta do recado”, senão o que ela vai pensar dele?; ele tem de dar em cima de todas; tem de ser forte; tem de reagir como um bárbaro ao ver um homem homossexual; tem de se comportar como troglodita ao presenciar outro sujeito se aproximar de sua mulher; tem de beber; caso sua mulher não o trate como acorrentado a ela, aí que ele tem de trair mais ainda; tem de controlar sua mulher em todos os aspectos tais como: corte cabelo, roupas, tipo de trabalho e se vai deixá-la trabalhar, e por aí vai uma lista de cobranças bem idiotas.

O “machão” acha que precisa ficar o tempo todo provando para si mesmo e para a sociedade o quanto ele é macho... O fato é que, na realidade, ele é inseguro e, como não sabe lidar com sua sensibilidade, não sabe ser romântico, apenas parece sedutor enquanto está no processo da conquista, enquanto não tem certeza se já conquistou. E, quando tem a certeza da conquista, volta a ser o que é realmente e de fato: machão, possessivo, eventualmente tirano e controlador.

Mulheres: cuidado com esse tipo “machão”, na maioria das vezes vocês não têm importância nenhuma para ele, ele apenas se afirma através do processo de sedução e na crença de que tem coisas e pessoas.

... Porém, há o tipo de mulher ideal para o “machão”: a donzela tradicional – aquela que quer casar a todo custo; que quer ser bancada, que quer atender as expectativas da sociedade tradicional; que acha que ter filho é prova de amor; que tem crises de ciúme em público e acha fundamental tratar o homem como um ser irracional que agarra qualquer uma caso ela não esteja lá para “protegê-lo”; que apanha quieta e ainda defende seu agressor...

Mas... Como usar essas informações para nos melhorarmos?

Que tal refletir:

- Por mais que você ame alguém, você está SEMPRE em suas próprias mãos.  Não é porque ama que está nas mãos e sob as rédeas do outro;

- Quando vivemos para  satisfazer às expectativas do(s) outro (s), atendemos as nossas também? 

- O que minha postura atual tem a me ensinar? Quais as razões para agir assim? Quais suas consequências? Devo mudar? O quê? Como?

- Se houver uma sensação de inferioridade por ser mulher, lembre-se que são estas as idéias tradicionais que precisam ser questionadas e mudadas. Eleve-se e valorize-se como ser!

- Eu preciso (tenho a obrigação de) ter filhos? Quero realmente isso?

- Estou me enrolando? Estou deixando minha felicidade para depois? Estou acomodada num relacionamento ruim?

Observação: Quando você vive para  satisfazer às expectativas do(s) outro (s), não atende as suas também, apesar da ilusão temporária de que sim, pois ao atender somente às expectativas do outro, você não reconhece suas prioridades e acaba se anulando. As pessoas que fazem de tudo para agradar ao outro o tempo todo acham que, agindo assim, o outro vai amá-la mais. Ledo engano.

Enfim, reflita em melhorar-se e participar de um novo momento evolutivo na Terra, onde não existe superior ou inferior, onde não deve haver preconceito, nem por conta da natureza sexual, nem por conta de idéias ou ideais. Todos somos únicos dentro de um contexto maior. Sejamos, então, o UM melhorado para fazer parte de um TODO que nos acolhe com tanto amor.



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