É possível fazer uma mulher se apaixonar?

Nessa semana li: “uma mulher se apaixona de acordo com a forma que é tratada”. Será?

Se uma mulher se apaixona ou se “desapaixona” unicamente pela forma como é tratada, então ela funciona como um ratinho de laboratório, que é reforçado ou não num determinado comportamento alheio a sua vontade...

Mas a afirmação é ser real para a mulher que dependem da atenção e dos cuidados do outro – Ou seja, aquelas que não suprem suas próprias necessidades, delegando-as a outras pessoas – tal qual uma criança. Isso caracteriza imaturidade e dependência emocional.

Claro que ter atenção e cuidados é muito agradável, mas depender de tê-los é o problema.

Então por que tanta gente depende?

Na cultura brasileira, não se ensina as pessoas a se suprirem ou a assumirem responsabilidades pelo que fazem, nem a assumirem a responsabilidade por si mesmas. Não se desenvolve inteligência emocional, autoestima e autorrespeito. Não se ensina que situações desagradáveis podem ser modificadas, mesmo ocorrendo fracassos no processo.

O que quis dizer acima fica claro quando observamos que aprendemos desde cedo a terceirizar a “culpa” por algo que não funciona direito, como na imagem abaixo. É o que vemos na televisão, em casa e nos ambientes que frequentamos.



Isso pode ser mudado investindo-se em desenvolvimento pessoal, autoconhecimento e, muitas vezes, em psicoterapia.

Mas vamos abordar o que é paixão.

Paixão não é amor. Sua principal causa é a projeção, na pessoa alvo, pela pessoa apaixonada, de um ser ideal.

Esse ser ideal é aquilo que a pessoa apaixonada possui, só que não reconhece ou não usa para se suprir – Assim, pode-se dizer que paixão é ver-se no outro, projetar-se nele. Esse ser idealizado é perfeito para cuidar das necessidades do lado emocional infantil e de das carências de quem fez a projeção.

Quando isso é percebido, a paixão passa, e se percebe quem realmente é a outra pessoa, sem olhá-la pelo prisma da projeção. Às vezes ocorrem decepções; outras, ocorre a admiração e a aceitação.

Nem todo relacionamento amoroso precisa começar com uma paixão.

O amor é bem mais profundo. Envolve gostar de verdade de alguém pelo que esse indivíduo realmente é, mesmo que mude.

Pode acontecer com um casal que, mesmo com um de seus membros amando muito o outro, ele não queira permanecer no relacionamento por conta do jeito imaturo ou desrespeitoso desse outro, ou seja, por imaturidade, tirania, rispidez, falta de comprometimento, de companheirismo ou de diálogo.

Como, num relacionamento, a responsabilidade é sempre de 50% para cada um, quando um não faz sua parte, o outro não pode fazê-la em seu lugar. 

O sentimento de amor pode permanecer mesmo que haja uma separação. É quando os objetivos e metas da vida impõem uma escolha equilibrada que ocorre não tanto pelo sentimento, mas pelo conjunto do bem e da qualidade de vida.

Para saber mais sobre relacionamentos, sugiro a leitura de meu livro:


Para mais, acesse Matérias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário