Se
uma mulher se apaixona ou se “desapaixona” unicamente pela forma como é
tratada, então ela funciona como um ratinho de laboratório, que é reforçado ou
não num determinado comportamento alheio a sua vontade...
Mas a
afirmação é ser real para a mulher que dependem da atenção e dos cuidados do
outro – Ou seja, aquelas que não suprem suas próprias necessidades, delegando-as
a outras pessoas – tal qual uma criança. Isso caracteriza imaturidade e dependência
emocional.
Claro
que ter atenção e cuidados é muito agradável, mas depender de tê-los é o
problema.
Então
por que tanta gente depende?
Na
cultura brasileira, não se ensina as pessoas a se suprirem ou a assumirem
responsabilidades pelo que fazem, nem a assumirem a responsabilidade por si
mesmas. Não se desenvolve inteligência emocional, autoestima e autorrespeito. Não
se ensina que situações desagradáveis podem ser modificadas, mesmo ocorrendo
fracassos no processo.
O que
quis dizer acima fica claro quando observamos que aprendemos desde cedo a
terceirizar a “culpa” por algo que não funciona direito, como na imagem abaixo.
É o que vemos na televisão, em casa e nos ambientes que frequentamos.
Isso
pode ser mudado investindo-se em desenvolvimento pessoal, autoconhecimento e,
muitas vezes, em psicoterapia.
Mas
vamos abordar o que é paixão.
Paixão
não é amor. Sua principal causa é a projeção,
na pessoa alvo, pela pessoa apaixonada, de um ser ideal.
Esse
ser ideal é aquilo que a pessoa apaixonada possui, só que não reconhece ou não
usa para se suprir – Assim, pode-se dizer que paixão é ver-se no outro, projetar-se nele. Esse ser idealizado é perfeito para cuidar das necessidades do lado
emocional infantil e de das carências de quem fez a projeção.
Quando
isso é percebido, a paixão passa, e se percebe quem realmente é a outra pessoa,
sem olhá-la pelo prisma da projeção. Às vezes ocorrem decepções; outras, ocorre
a admiração e a aceitação.
Nem
todo relacionamento amoroso precisa começar com uma paixão.
O
amor é bem mais profundo. Envolve gostar de verdade de alguém pelo que esse
indivíduo realmente é, mesmo que mude.
Pode
acontecer com um casal que, mesmo com um de seus membros amando muito o outro,
ele não queira permanecer no relacionamento por conta do jeito imaturo ou
desrespeitoso desse outro, ou seja, por imaturidade, tirania, rispidez, falta
de comprometimento, de companheirismo ou de diálogo.
Como,
num relacionamento, a responsabilidade é sempre de 50% para cada um, quando um
não faz sua parte, o outro não pode fazê-la em seu lugar.
O
sentimento de amor pode permanecer mesmo que haja uma separação. É quando os
objetivos e metas da vida impõem uma escolha equilibrada que ocorre não tanto
pelo sentimento, mas pelo conjunto do bem e da qualidade de vida.
Para
saber mais sobre relacionamentos, sugiro a leitura de meu livro:
Para mais, acesse Matérias.
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