Se você der uma olhada rápida nas redes sociais,
você encontra um monte de mensagens positivas de paz, de ajuda, de altruísmo e
amor; e, ao mesmo tempo, encontra as piores atrocidades: mensagens
preconceituosas, a irresponsabilidade de abandonar animais, maus-tratos contra
crianças e tantas outras demonstrações de um egoísmo sem fim em comemorações.
Rojões são usados como “comemorações”. Como se não
bastasse o mal que eles causam ao meio ambiente, às crianças e enfermos, aos
altistas, aos animais domésticos e silvestres, ainda vemos praias e parques
imundos porque pessoas egoístas e sujas, sem senso de consciência, comemoraram
por ali, pouco se importando com o bem estar do meio, ouvindo som alto, fazendo
barulho, nem aí para a vizinhança e tendo essas e outras atitudes em que
demonstram extremo egocentrismo, ignorância, infantilidade e
irresponsabilidade.
Vemos também, falsas amizades, pessoas que a gente
até acha que são sensíveis, inteligentes, fiéis e, perante algumas pequenas
divergências comuns a toda amizade, reagem de forma egocêntrica, rígida,
incompreensiva e incapaz de perdoar o outro por erros cometidos sem má fé.
Ora, somos todos humanos. Merecemos compreensão
tanto de nós mesmos como dos outros, se, por acaso, esses outros também desejam
ser compreendidos.
Eventualmente, essas pessoas preferem se afastar,
ignorar, deixar-nos num completo vácuo em vez de enfrentar um diálogo que
poderia reconduzir a um bom relacionamento e a uma troca fraterna.
Então, lembrando que Jesus, esse amado avatar que
há dois mil e poucos anos já tentou transmitir “Não faça ao outro o que você
não quer para si mesmo”... Sinto-me frustrada e penso: se Ele não conseguiu,
como eu posso?
E vamos e continuamos tentando. Eu, por meio dos
meus livros, de publicações e comentários em minha página pessoal, blog,
palestras que ministro... Tentando ser melhor a cada dia.
Eu realmente tento não agir com o outro
de maneira que não quero que ajam comigo. Penso que um pouco de simpatia,
empatia e sensibilidade são necessárias em qualquer relação, das mais
significativas às mais corriqueiras.
Uma coisa importante: o que eu digo eu sei que
disse, mas nunca saberei como o outro entendeu, se é que ele ouviu. Eu não
posso mudar o outro e não tenho controle sobre ele e sobre um monte de coisas
ao meu redor, e preciso aceitar os meus limites; é o que mais digo, tanto para
mim mesma como para meus clientes, ouvintes e amigos virtuais.
Outro ponto importante: inteligência
acadêmica (QI ou intelectualidade) não é a mesma coisa que Inteligência
emocional e esta é muito mais importante que a primeira. Então aprenda a lidar
com suas emoções com autorresponsabilidade, sem magoar o outro.
Conclusão: E o que fazer então e
doravante? - Continuar a assumir responsabilidade por mim mesma e que cada um
assuma por si, tentando amadurecer, tentando ser um pouquinho melhor a cada
dia, deixando que a sensibilidade da alma se sobreponha à rigidez e ao racional
excessivo.
A intenção deste texto é que você
pare para pensar e sentir:
- O que faço é o que eu quero que o outro me faça?
- Ajo com o meu meio de forma responsável e gentil,
ou grosseira e rígida?
- Trato o meu bairro, cidade, planeta como a minha
casa?
- Minhas ações, atitudes e pensamentos estão me
fazendo bem ou trazendo mais angústia? Como me trato?
Existe uma lei da atração que diz que você atrai o
que está emanando através de suas próprias atitudes para consigo mesmo. Como
você se trata? Você se ama? Acha-se com valor? Acredita que é um templo
do Grande Espírito, do Grande Arquiteto dos Universos? Se ainda não
pensou nisso, deveria, pois é a mais pura verdade.
Se você melhorar a si mesmo e for mais maleável,
flexível, compreensivo, afetivo e amoroso, você vai causar um impacto bem
melhor do que com seu negativismo, reclamações, insensibilidade.
Como disse no início: com tantas mensagens
positivas, aquele que se liga só no negativo e só no que não deveria fazer,
não está pronto para compreender, aceitar e mudar o que pode.
Este é um
dos postulados importantes na Gestalt-Terapia: a prontidão, traduzida como
encontro. Se há, é lindo, se não há, não existe o que se pode fazer. E aí você
trabalha a sua frustração, que é, afinal, a nossa grande responsabilidade:
Ninguém é do jeito que você quer porque você quer. Aliás, nada na vida o é, e
este é um dos nossos grandes trabalhos: aprender, apesar dos pesares, e
trabalhar para modificar as nossas expectativas, nos responsabilizando por elas
ou até mesmo tentando não criá-las.
Por mais que você ame alguém, lembre-se: esse
alguém é do jeito que ele consegue ser. Ele age dentro de seu melhor e de seu
nível de consciência atual. Aceite-o. Se não conseguir conviver com ele,
converse, dialogue e explique. Quando o outro estiver pronto para mudar, ele
mudará.
Assim, você deve sentir o quanto consegue aceitar o
outro do jeito que ele é, sem modificá-lo em nada. Se não conseguir
aceitar e sentir que a convivência não lhes faz bem, liberem-se. Talvez o
encontro real aconteça em outro momento. Forçá-lo trará apenas sofrimentos,
pois ninguém muda realmente enquanto não estiver pronto e não quiser mudar.
E quem disse que quem precisa mudar não é você? ...
REFLITA E SEJA RESPONSÁVEL PARA CONSIGO MESMO!
Valorize-se.
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